quinta-feira, 4 de junho de 2009

Resistencia a Mudança - Seguros em um castelo de cartas

Mais um dia, mais um post... Hoje trataremos de um problema que atinge muitos profissionais (não só os de T.I): A recusa de nossos clientes (sejam internos ou externos) em aceitarem a mudança.

A mudança é necessária

No passado, a capacidade de adaptação determinava aquele que iria ficar com frio, ou aprender a coser roupas com peles de animais, passar fome ou descobrir como desviar o curso de um córrego para irrigar as plantações, viver ou morrer! Hoje, as amenidades de nossa sociedade civilizada, não permitem, que por via de regra, isto aconteça.

Por outro lado, aquele que aceita as mudanças e enxerga nelas uma possibilidade de crescimento, tem um futuro profissional (e pessoal, diga-se de passagem) bem mais promissor do que outro que resolve ancorar sua vida em um passado que não voltará mais.

Passei por situações, que só reforçam minha tese! As pessoas, na sua maioria, tem preguiça de pensar, por consequência, não digerem facilmente as mudanças. Um dos episódios presenciados por mim rendeu este WTF (premiado, diga-se de passagem :).

Outro acontecimento foi a substituição do antigo ERP da empresa onde trabalho pelo SAP[bb], o que desencadeou uma verdadeira revolução! Ânimos exaltados, gente reclamando etc... Fogo no mato seco! Foi uma torrente de mimimi's! Atribuo todo este rebuliço à uma série de fatores:
  • O óbvio medo do desconhecido
  • Resistência ao novo
  • Preguiça
  • Leucotomia
  • etc...
Sair da zona de conforto é algo doloroso, mas necessário!

- O que existe além daquele monte?
- Se sairmos das proximidades de nossa caverna, encontraremos alimento?
- Se navegarmos alem dos mares conhecidos realmente cairemos em um abismo?

Alguns fizeram estas perguntas em momentos distintos da história, uns preferiram ficar onde se sentiam seguros, outros resolveram eternizar seus nomes (clichê demais! Mas me permiti utiliza-lo...).

Seja humano, mude!

Aprender é algo inerente a humanidade, recusar-se a aprender é negar sua condição de ser humano! Desperdiçar uma massa encefálica tão volumosa só com movimentos condicionados (aqueles que a gente faz "no automático") é um crime passível de pena de morte!

Seres simples como bactérias não precisam mudar, vem equipados com um conjunto básico de ações, funções primordiais, o mínimo para sobreviver. Um ser unicelular é incapaz de aprender.

Imagino até um dialogo microscópico, entre duas amebas!

Ameba 1: Fagocitose!
Ameba 2: Pinocitose!
Ameba 1: Fagocitose!
Ameba 2: Pinocitose!
Ameba 1: Olha só, um vibrião! Ele possui um flagelo! Por isto ele consegue deslocar-se para onde bem entende!
Ameba 2: Não faço questão, este negocio de mobilidade é muito perigoso!
Ameba 1: Verdade!
Ameba 1: Fagocitose!
Ameba 2: Pinocitose!

Segurança é uma palavra recorrente entre os estagnados. Mas eu me pergunto: "Quão verdadeira é esta segurança?"

Eu respondo com outra interrogação: "Qual a resistência de uma bolacha de maisena molhada?"

As pessoas cultivam uma ilusão perigosa de que, por estarem muito tempo em um mesmo lugar e/ou posição, estão seguras. Lembro-me do meu velho pai, e de como ele era feliz com sua estabilidade "estatal", até as "teles" serem privatizadas. Tempos difíceis, ele, forçadamente teve que abraçar uma nova realidade, sair da certeza do trabalho assalariado para as intempestividades do comercio.

Termino este aglomerado de ideias mal arrumadas com uma advertência aos resistentes e reticentes: Refugiem-se nos porões de seus castelos de cartas, continuem temendo o novo e morram paranoicos! A mudança é a única constante! O novo sempre vem!

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